Fala, rede climática mais linda! 8ª aula começando e hoje temos como tema "Mudança de Uso da Terra e Florestas" e já no início da aula estabelecemos o conceito do tema: mudança do uso e cobertura da terra e florestas é qualquer atividade antrópica que altere e remova cobertura vegetal do solo. Uma potente ferramenta para avaliar essa mudança é através do MAPBIOMAS, uma plataforma de monitoramento da cobertura vegetal.
As principais perturbações antrópicas que interferem nos ecossistemas são a exploração de recursos naturais, introdução de espécies exóticas, equipamentos de recreação, degradação de corpos hídricos, resíduos sólidos, urbanização e animais domésticos abandonados etc. Essas ações impactam os ecossistemas nativos e implicam na diminuição da diversidade de árvores e menor riqueza de fauna e flora, redução na capacidade de sequestro e estoque de carbono, alterações na ciclagem de nutrientes e polinização. O papel das florestas é fundamental na regulação do clima, uma vez que elas sequestram carbono (ato de sequestrar o co2 da atmosfera) e estocam o carbono (armazenam o co2 em sua biomassa), logo, é crucial restaurar esses ecossistemas.
Os diferentes ecossistemas promovem benefícios diretos e indiretos que os seres humanos obtêm dos ecossistemas naturais (o que chamamos de serviços ecossistêmicos). Esses serviços podem ser de provisão (recursos diretos, ex. alimento), regulação (regulam os processos ecológicos, ex. qualidade do ar) ou culturais (benefícios não materiais, ex. turismo).
Quais as consequências da mudança no uso da terra e floresta para o clima, a saúde e a segurança alimentar global? Acaba se tornando um efeito cascata. A ação humana está afetando o ciclo do carbono e comprometendo o equilíbrio do ecossistema e a agropecuária é uma das principais atividades responsável por esse desequilíbrio e seus impactos acarretam na perda de biodiversidade e comprometem a saúde humana e planetária. Os impactos ambientais também agravam as injustiças sociais, uma vez que são desproporcionalmente distribuídos entre as populações e territórios, gerando desigualdades sociais, econômicas e ambientais. Cerca de 39,3% da área terrestre foi convertida para uso humano a partir dos anos 2000, causando uma perda de espécies nos ecossistemas de 13,6%.
Um instrumento para mitigar as mudanças climáticas é o REDD+, uma política de incentivo para a manutenção e conservação das florestas e seus serviços ambientais. Esse instrumento visa a redução de emissões de GEE provenientes dos desmatamentos e degradação florestal, manejo florestal sustentável, conservação e aumento no estoque de carbono. Trata-se de um instrumento desenvolvido no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre mudança do clima para recompensar financeiramente países em desenvolvimento por seus resultados relacionados à recuperação e conservação de suas florestas. O Brasil é pioneiro na implementação desse instrumento.
As agroflorestas podem atuar como técnica de criação de ambientes produtivos para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Um sistema agroflorestal agroecológico - SAFA, sistema de cultivo de plantas que combinam árvores nativas com espécies culturais anuais e espécies agrícolas, tem como objetivo aumentar a produtividade do ambiente, potencializando as interações biológicas e restaurando as áreas degradadas.
Agricultura sintrópica é constituída por um conjunto de princípios teóricos e práticos, onde os processos naturais são traduzidos para as práticas agrícolas, seja em sua forma, função ou dinâmica. A sucessão natural permeia essas técnicas. Trata-se de uma ideia de que todo lugar vazio evolui para novas comunidades. Também imitam as leis dos ambientes florestais naturais, através do equilíbrio biodinâmico. Por fim, estabelecemos as 5 seguranças da natureza: 1-segurança hídrica, 2-segurança alimentar, 3-segurança energética, 4-segurança de nutrição e 5-segurança habitacional.
Por hoje é só. Vejo vocês na próxima aula!
Abraços,
Thamyres.
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