Olá, Rede YCL! Como estão?
Na nossa sexta aula tivemos como convidadas a Anna Mortara, economista e administradora pública especializada em avaliação e políticas climáticas, e a Carina Vitral, assessora do Ministério da Fazenda para Transformação Ecológica, para falar sobre o Plano de Transformação Ecológica do Brasil.
Articulando conceitos como a policrise e as fronteiras planetárias, as palestrantes mostraram como a aproximação dos pontos de não-retorno em várias dessas fronteiras traz a necessidade de medidas mais efetivas por parte dos países para frear a mudança do clima.
O Inflation Reduction Act (IRA), pacote de transição energética dos Estados Unidos, foi considerado o mais ambicioso da história, e mostra como os países estão se comportando nesse novo cenário mundial. O pacote foi negociado politicamente como uma ação contra a inflação e para competitividade econômica, e não como ação em defesa do clima.
O IRA representa uma nova lógica de ação climática, não como política regulatória, mas como incentivos econômicos. Essa ideia tem se multiplicado internacionalmente, e pode ser vista por exemplo através do Green Deal Industrial Plan for the Net-Zero Age, da União Europeia, e do 14º Plano Quinquenal 2021-2025 da China.
No Brasil, esse contexto internacional foi somado a uma retomada econômica verde e inclusiva do novo governo após anos de avanço do desmatamento. Dentre os mecanismos criados, temos o Novo Programa de Aceleração do Crescimento da Casa Civil, o Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda, o Nova Indústria Brasil do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e o Plano Clima do Ministério do Meio Ambiente e da Casa Civil.
Esses mecanismos são ainda mais importantes para o Brasil devido à sua vulnerabilidade frente às mudanças climáticas. Além disso, o Brasil tem a possibilidade de ser uma potência ambiental, tanto por sua liderança histórica nas negociações internacionais sobre mudanças climáticas, quanto por sua posição favorável na produção de energia limpa. Entretanto, é importante que o governo brasileiro utilize esses mecanismos de maneira que sejam desenhados para as características e necessidades brasileiras, e não apenas como uma replicação dos planos estrangeiros.
De modo a pensar mecanismos voltados para a realidade do Brasil, o governo brasileiro lançou o Plano de Transformação, que tem como objetivos a renda maior e empregos verdes, uma nova relação com o meio ambiente e os ganhos compartilhados e justos a partir de seis eixos: finanças sustentáveis, adensamento tecnológico, bioeconomia e sistemas agroalimentares, transição energética, economia circular e nova infraestrutura verde e adaptação.
A expectativa é que o Plano de Transição Ecológica traga muitos benefícios para o Brasil, como o crescimento do PIB, geração de empregos, desenvolvimento industrial e econômico e valorização econômica das florestas, além dos benefícios voltados ao meio ambiente, como a redução das emissões de gases de efeito estufa e a transição energética.
O assunto é muito importante e muito denso e eu recomendo demais que a gente fique por dentro para garantir que sua execução seja feita de maneira transparente e acompanhada pela sociedade civil! Para ainda mais informações, acesse a aula na íntegra, disponível na nossa plataforma!
Se você não conseguiu assistir à aula ou quer revê-la, acesse a aula 6 na nossa plataforma, dentro da pasta do Curso 2024.
Até a próxima!
Um abraço,
Beatriz Triani
Comments